3. A Guerra
O episódio abre com as habituais imagens de arquivo do início da II Guerra Mundial: a invasão da Polónia, os Stukas a picar e a assobiar, os tanques a avançar, os polacos a cavalgar, as meninas a morrer, etc., etc., etc.. Nada de especialmente assustador, apenas o mínimo para, com a preciosa ajuda de uma legenda, situar o espectador: Berlim, 1939.

Corta para Dezembro de 1939. Eichmann é nomeado chefe do departamento RSHA Referat IV B4, que lida com os assuntos judaicos, nomeadamente a evacuação.
Corta para Agosto de 1940. Eichmann concebe o Projecto Madagáscar (Reichssicherheitshauptamt: Madagaskar Projekt), um plano para a deportação forçada dos judeus (que nunca se veio a materializar, porque entretanto alguém teve uma ideia melhor... mas não antecipemos). É promovido ao posto de SS-Sturmbannführer no final de 1940 e menos de um ano depois a Obersturmbannführer.
Corta para 1942. Reinhard Heydrich, fundador e primeiro-comandante da RSHA (ou seja, da Gestapo, da SD e da Kripo, terceiro na hierarquia das forças de segurança do Reich, só atrás de Himmler e do Tio Adolfo Schicklgruber) destaca Eichmann para desempenhar as funções de secretário relator na Conferência de Wannsee, em que as medidas anti-semíticas nazis são assumidas como política oficial de genocídio.
Eichmann recebe o cargo de Administrador de Transportes na “Solução Final da Questão Judaica” (cá está a ideia que já estávamos a antecipar, a que afastou a da deportação), o que o coloca como responsável por todos os comboios que haveriam de levar os judeus até aos campos de extermínio na Polónia ocupada. Não é à toa que este Adolfo ficará conhecido como o “Arquitecto da Solução Final”.

Corta para 1945. Antecipando a derrota final e algum possível desagrado dos vencedores perante a peculiar conduta do Tio Adolfo Schicklgruber e companhia, Heinrich Himmler ordena a suspensão do extermínio dos judeus e a destruição das provas da Solução Final.
Eichmann fica estupefacto com a reviravolta do Reichsführer-SS. Indiferente às ordens oficiais, que não lhe parecem fazer sentido nenhum, continua o seu trabalho na Hungria. Ou seja, continua a enviar cada vez mais judeus para os campos de extermínio. Ao mesmo tempo, faz tudo o que pode para evitar ser envolvido na política da última trincheira (que é como quem diz, bater com os costados nas Waffen-SS, as unidades de combate).
Corta para imagens de arquivo do Exército Vermelho a entrar pela Hungria rapidamente e em força. Eichmann foge da Hungria com igual rapidez, ainda que talvez não com a mesma força. Regressa à Áustria, onde reencontra o seu longo amigo Ernst Kaltenbrunner (o tal dos dois metros e um).
O episódio termina com Kaltenbrunner a evitar a todo o custo associar-se a Eichmann, demasiado marcado pelos Aliados em razão do seu papel de responsabilidade na administração do extermínio. As coisas não parecem correr bem para este Adolfo (o outro, o Schicklgruber, já se foi e com ele a própria da Alemanha e uns seis milhõezitos de judeuzecos, mais coisa menos coisa, entre outros).
(Continua)
Amanhã — A NÃO PERDER — Conseguirá Adolfo fugir aos Aliados? — OS AMIGOS DE ADOLFO — Todos os dias e a todas as horas no Desinfeliz — A SUA BLOGONOVELA DA VIDA REAL — Amanhã, 4º episódio e pulseira AMIGOS DE ADOLFO grátis ou tatuagem ICH LIEBE EICHMANN por apenas €6,99+IVA — Ligue já 808 113 113 (se o 3º episódio lhe arrepiou a espinha) ou 808 114 114 (se já sabia mais ou menos o que se ia passar mas mesmo assim gostou bastante e está em pulgas para ver como é que isto acaba) (e quando) (se é que)
1 comment:
Oh caraças, essa última pergunta a seguir ao "a não perder" quase destruía a minha curiosidade. Claro que conseguiu fugir aos Aliados, fugindo dele próprio e trincando a cápsula de cianeto. Ou estarei enganado? Este 3º episódio arrepiou-me a espinha mas desta vez não estou para ouvir a senhora do lado de lá e sempre poupo uns cêntimos. Prefiro aguardar pelo 4º episódio.
Post a Comment