"Pode ser que sim. Pode ser que não. Não posso garantir." - in Astérix, A Volta à Gália

11.4.08

E se o Tio Adolfo invadisse o inferno

"If Hitler invaded hell, I should at least make a favourable reference to the Devil in the House of Commons."

Churchill dixit, claro. Who else?

O homem estava do lado de lá das atlânticas águas, a tentar convencer o Tio Sam a entrar finalmente na festa e a dar uma ajuda ao Ti Zé, o dos Bigodes, que tinha acabado de levar com o Tio Adolfo. Ou seja: a Alemanha tinha entrado pela União Soviética adentro e a Grã-Bretanha estava cada vez mais sozinha a dar luta ao Eixo do Mal. Ou o homem conseguia convencer os Estados Unidos a deixarem-se de neutralidades ou a história acabava certamente mal, e provavelmente depressa.

Nos Estados Unidos, ajudar os comunas não era propriamente uma ideia fácil de engolir. Daí a imagem do inferno, para que até um americano entendesse aquilo que, na altura, parecia que só mesmo os ingleses estavam a entender e só mesmo Churchill era capaz de explicar:

"We have but one aim and one single irrevocable purpose. We are resolved to destroy Hitler and every vestige of the Nazi régime. It follows that we shall give whatever help we can to Russia and the Russian people."


Há situações assim, em que as coisas são como são. Ou são brancas ou são pretas. Situações em que os cinzentos não se aplicam. O que nem sempre aparece, nessas situações, são homens capazes de ver o óbvio e fazer unicamente o que tem que ser feito, contra tudo e contra todos. Contra os cinzentos, especialmente.

2 comments:

Anonymous said...

E não é, caro josé, que ele, o Tio Adolfo, lhes fez a vontade, talvez confundido, tal como Napoleão um século antes, pelo branco que se acabou por tingir de um vermelho cor de inferno?

CPrice said...

o que nem sempre aparece caro José é a coragem necessária, diplomacias e luvas à parte, para ..
pertinente este.
Bom fim-de-semana