"Pode ser que sim. Pode ser que não. Não posso garantir." - in Astérix, A Volta à Gália

9.10.08

Bestandwin


Ontem vi isto nas notícias e não acreditei. Impossível.

Depois lembrei-me: espera aí, eu conheço este sujeito (o vendedor do produto, que aparecia todo contente a explicar tudo). É menino para isto. O impossível passou a não querem lá ver.

Mas então e a entidade reguladora? O Banco de Portugal, numa altura destas, não ia permitir uma coisa destas. Enfim. Quer dizer. Pois. Vieram-me à memória todos os últimos exemplos da actuação (chamemos-lhe assim) do Constâncio. Aí o não querem lá ver virou foda-se, isto é verdade.

Há pessoas que não entendem bem as coisas se ninguém lhas explicar, de preferência com ilustrações, gestos e demonstrações práticas. Tem sido, historicamente, o caso dos defenestrados, dos guilhotinados e dos romanovisados. Quando a populaça atinge um ponto qualquer de saturação, dão-se todo o tipo de incidentes desagradáveis e sangrentos, reprováveis, é certo, mas que têm pelo menos o condão de ninguém mais poder dizer que não está a perceber o que se passa.

Veja-se o caso da wrap party dos moços da AIG. Um beberete de 440 mil dólares, uma semana depois dos 80 biliões do bail out. Se um dos empregados do resort, chamado a servir aquela rapaziada e perturbado por ter a sua reforma e poupanças entregues à AIG, desse mau uso a alguma faca da cozinha, por exemplo, de quem seria a responsabilidade?

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1 comment:

Anonymous said...

... ou se os empregados dessem mau uso a outras coisas e transformassem a party em rape party...