
Se se vier a confirmar, a (re)independência do Montenegro é mais uma daquelas notícias que agradam certamente aos editores de enciclopédias, aos fabricantes de bandeiras (a maioria dos quais serão provavelmente chineses e indianos) e a poucos mais. A miudagem das escolas, por exemplo, há-de suar as estopinhas para empinar os nomes dos países da Europa e/ou da União Europeia, enquanto não forem totalmente sinónimos. Claro que isso também se resolve, com grande facilidade, não lhes exigindo que saibam sequer o que é um sinónimo. Quanto mais um país ou um conjunto deles.
Confesso que, no que toca ao Montenegro, só conheço o Nero Wolfe, um homem que cultiva orquídeas, adora cerveja e só tem três tipos de pavor na vida: sair de casa, trabalhar e as mulheres. Mesmo não passando de uma criatura fictícia, o grande Nero Wolfe é o suficiente para se simpatizar com o Montenegro. Mas, daí a recomendar a independência a quem quer que seja, vão quase 900 anos de história...