As pulgas pululavam por todo o palácio. O rei e a rainha pisgaram-se para um dos outros palácios. O príncipe e as princesas protestavam. O primeiro-ministro protestava. O pessoal menor protestava. Os próprios pedintes, que acorriam habitualmente a pedir à porta das traseiras, protestavam.
Indiferentes a todos os protestos, as pulgas continuavam a pulular pelo palácio. Até que, em face de tanta pulga e de tanto protesto, se convocou um referendo para resolver a crise.
Por vontade expressa da esmagadora maioria da população, uma equipa de técnicos altamente especializados deslocou-se ao palácio e exterminou os príncipes, o primeiro-ministro e todo o pessoal dos respectivos gabinetes.
1 comment:
Pois acho muito bem que a exterminação tivesse recaído na Casa Real, governantes e pessoal associado. Até porque as pulgas são animais de estimação que o pior que pode acontecer é ter uma coceira de dar em doidos. Mas aí o pessoal coça-se e pronto! Já os outros... livra!
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