"Pode ser que sim. Pode ser que não. Não posso garantir." - in Astérix, A Volta à Gália
6.2.07
Pérolas Vermelhas (IV)
O cromo de hoje é tão difícil que o Google não me consegue arranjar nenhuma foto. Acudia pelo nome de Aleksandr Nikolaevich Poskrebichev. E acudia depressa, pois era o chefe de gabinete do Ti Zé. À falta de foto temos várias descrições de contemporâneos, em que a palavra simiesco surge com regularidade. Ainda assim, Poskrebichev era casado com uma belíssima polaca. Dizia ela, na reinação, que o marido era tão feio que só conseguia ir para a cama com ele às escuras. O próprio não era cego, nem tinha falta de espelhos em casa. E não se orgulhava menos da sua fealdade do que da lealdade ao Vozhd. Dizia que Estaline o escolhera precisamente pelo seu aspecto assustador.
Talvez para compensar o impacto visual negativo que provocava, Poskrevichev desempenhava alegremente o papel de bobo da corte. Estaline desafiava-o a beber um copo de vodka de um só trago, sem um golito de água que fosse para ajudar. Ou então a ver quanto tempo conseguia manter as mãos levantadas com um pedaço de papel a arder debaixo de cada unha. "Vejam! O Sacha consegue beber um copo de vodka sem sequer franzir o nariz!", deliciava-se Estaline. Em não se estando a matar uns aos outros, sabiam divertir-se, estes sovietes.
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3 comments:
Uma festa com esse gajo, em casa do Iagoda e umas garrafitas de vokda à mistura devia ser coisa bonita de se ver.
O que provavelmente não faltava era espírito de camaradagem. E russas. E ucranianas.
Não há foto do homem, mas era bem vinda uma foto da senhora dele. Se era uma bela polaca...
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