Não sei se faz parte da legislação de Murphy, mas o facto é que quando as coisas correm mal há uma grande tendência para vir alguém fazer com que piorem ainda um pouco mais. Haja quem o consiga fazer com alguma graça. O seguinte exemplo surge hoje a páginas 13 do Metro, o gratuito, num artigo assinado por Jorge Anjinho sobre a crise do Farense.
Para contextualizar as graves dificuldades do Farense, o artigo apresenta dois exemplos bem sugestivos: um célebre treino no final dos anos 90 em que os atletas se apresentaram com os bolsos dos fatos-de-treino virados para fora e uma entrevista em que um tal Zezinho, por comparação com a situação do seu primo Paixão, defesa do Farense, sublinhava as vantagens de trabalhar nas obras, entre as quais destacava o facto de receber sempre.
Correndo as coisas tão mal para o Farense, qualquer espectador minimamente atento e com um gosto saudável pelas mais genuínas manifestações de rivalidade clubística trataria de arranjar rapidamente um bom lugar para assistir à entrada em cena dos adeptos do Olhanense. Esse espectador atento só teria de esperar pelo derby da temporada 2003/04 (II Divisão B).
Em declarações após o jogo, Carlos Freitas, da claque do Olhanense, resumiu assim a situação: “Quando entraram em campo, atirámos papo-secos para comerem, mas não se devem ter safado porque eram duros”.
"Pode ser que sim. Pode ser que não. Não posso garantir." - in Astérix, A Volta à Gália
7.2.08
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3 comments:
Não fará parte da legislação de Peter mas deve fazer parte da lei de Murphy...
Deve ter sido algum curto-circuito cerebral... Peter Murphy... a idade... Obrigado pela atenção!
Só por ter apresentado ao mundo do nosso futebol o bigode do Paco Fortes, o Farense é digno de mais respeito. Por isso e pelos 4-1 que espetaram ao benfica em 94/95.Jogavam de vermelho Neno, Paneira, Isaias, Hélder,JVP e outros que tais.
Não há papos-secos, por mais secos que estejam, que paguem isso.
Respeitinho, portanto.
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