
Mantém-se aquela tendência, estranhíssima no futebol, de as melhores equipas ganharem e as piores perderem. E quando digo as melhores refiro-me àquelas que jogam melhor no local e à hora combinados para o jogo.
Por muito que preferíssemos que as coisas tivessem sido de outra maneira, por muito que achemos que temos jogadores que jogam melhor que os alemães, o facto é que naquele jogo a equipa deles foi melhor que a nossa equipa e foi por isso que o autocarro deles ficou lá (com parque de estacionamento pago até à final...) e o nosso veio de volta.

O caso da Croácia foi bastante diferente. Dá ideia que é melhor que a Turquia (e é), dá ideia que teve azar na maneira como perdeu (e teve), isso tudo e mais um par de botas, mas o engraçado é que, sendo isso tudo e o par de botas completamente verdade, o oposto também não é mentira nenhuma. Quero eu dizer que a Turquia, naquele jogo em concreto, não foi pior equipa que a Croácia. Quero eu dizer que, se a Turquia não tivesse feito mais aquele milagre de empatar aos 121', tinha perdido o jogo aos 119' com uma gafe monumental do guarda-redes (a única) e sem ter andado de aflitos até lá. Para azar, não estaria nada mal. Finalmente, a história dos penáltis deu para ver quem é que tinha vontade e força mental para ganhar aquilo e quem é que não tinha. É pena a vida ser assim? É, com certeza. Mas se não fosse assim poderia ser ainda pior.
Para logo à noite o único prognóstico que se arrancaria de um marciano sensato ou de um inglês sóbrio, se é que alguma das espécies existe, seria: provavelmente vai valer a pena ver.
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