
Como seria de esperar, tem havido reacções fortes à iniciativa. De um lado, os que acham a iniciativa de muito mau gosto, afrontosa da memória e da dignidade do povo judeu. Do outro, os defensores da absoluta liberdade artística.
No meio, Dov Or-Ner, um dos reprodutores e expositores, ele próprio sobrevivente do Holocausto em criança e cujos pais morreram em Auschwitz, que se sente no direito moral de abordar o assunto como bem entender, e Yaacov Chefetz, o curador da exposição: "Primeiro, senti-me muito desconfortável com a ideia de expor obras de Hitler. Mas depois disse a mim mesmo: espera lá, talvez a mostra deste kitsch estúpido possa servir para sublinhar ainda mais a natureza monstruosa daquela pessoa. Estas obras fascinam-me da mesma maneira que um livro sobre Hitler me fascinaria".
Se fosse obrigado a comentar o assunto, o Desinfeliz diria, muito simplesmente:
Ars longa, vita brevis, occasio praeceps, experimentum periculosum, iudicium difficile.
2 comments:
life is short indeed .. já o mesmo não se passa com a memória de alguns. :)
Acompanhei todos os episódios Caro José, percebi a fabulosa ironia de tudo o escreveu, mas .. e há sempre um mas, dificil este tema por aqui.
Bom fim de semana
Os mas são hoje o que eram os chapéus noutros tempos (muitos, portanto). Confesso que fico muito curioso para saber qual é o seu, mas dá-me ideia que vou ficar a tentar adivinhar...
Post a Comment