"Pode ser que sim. Pode ser que não. Não posso garantir." - in Astérix, A Volta à Gália

2.1.07

Piratas das Caraíbas 3

Recomendo vivamente (pelo menos a versão original inglesa; não sei se já está traduzido). É o livro dos livros, mas não é Esse em que podereis estar a pensar. Passo a explicar. Como sempre acontece pelo Natal, há uma ou outra prenda que pede para ser trocada. Deu-se esse caso, lá em casa, com os Piratas das Caraíbas 2. Eu recebi um exemplar, a minha filha recebeu outro e nenhum dos dois insistiu em ter uma cópia só para si. Muito consensualmente, decidiu-se que um Piratas das Caraíbas 2 fazia falta mas dois Piratas das Caraíbas 2 era excessivo e desnecessário. Daí a ir à Fnac trocar um deles não foi mais que um passito. Aí, na Fnac, os Piratas das Caraíbas 2 transformaram-se em livros, um dos quais é aquele a que me refiro (já, já de seguida, prometo).

Chama-se Tolkien's Gown (& other stories of great authors and rare books) e, na contracapa, há um tal de David Lodge que resume perfeitamente a situação: "The perfect bedside book for bibliophiles". A parte do bedside book, do livro de cabeceira em sentido amplo, que inclui também uma certa portabilidade, posso confirmá-la por experiência própria. A colheita natalícia, em matéria de livros, não foi muito pródiga; donde, dei por mim na cama, durante uma ou duas noites, com o Estaline. Ora, o Estaline enquanto homem não passava de 1 metro e 65, mas o livro é um calhamaço de todo o tamanho, muito pouco apropriado à leitura horizontal. Este Tolkien's Gown é maneirinho e, para além do capítulo dedicado ao Tolkien e respectivo roupão (que foi o que me atraíu na estante, confesso), tem aquilo a que o autor (Rick Gegoski) chama biografias de livros de malta tão distinta, díspar e por vezes disparatada como Nabokov, Joyce, Hemingway, Eliot, Orwell, Greene, Rushdie, Oscar Wilde, Evelyn Waugh, Salinger, Kerouac e mesmo J. K. Rowling.

Os Piratas das Caraíbas 2, do que já vi, parecem-me um bocado abaixo do 1. Já quanto a este, o 3, só posso mesmo é voltar a recomendá-lo vivamente. O Estaline (livro) também não é mau de todo, mas pessoalmente prefiro lidar com ele no sofá ou na casa de banho.

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