O Desinfeliz já tinha prometido e, para gáudio de uns e tédio de outros, vai cumprir: The Clash, o livro, vai abrilhantar este humilde weblog. Não porque as leis em vigor o não permitam (que não permitem certamente), mas por uma réstea de bom senso e por uma enorme dose de egoísmo, não vou transcrever a obra na íntegra. Excertos, meros excertos, é o que se me oferece oferecer.
Começo, por exemplo, pelo princípio. Que é, não por acaso, o fim. O começo do livro, o fim da banda.
(Perdoem-me, todos, o possível excesso de parêntesis; deve ser da idade, não sei o que é que me anda a dar para meter disto a torto e a direito, ainda consigo conter as reticências em público e é um pau; perdoem-me, também, os que já sabiam certas coisas que eu não; vamos lá a isto, pessoal; tradução, edição e adaptação by Desinfeliz).
O princípio do fim foi quando o Topper (Headon) foi corrido, em 1982. A saída do Mick (Jones) um ano depois foi a dissolução final da lendária formação dos Clash. Embora Joe (Strummer) e Paul (Simonon) tenham continuado, recrutando três novos elementos para substituir Topper e Mick, em 1984, Joe é peremptório nas suas entrevistas para este livro: o the end dos The Clash começou com essa perda de Topper.
Confesso que o mundo tal como eu o conhecia me desabou aos pés enquanto lia este parágrafo. Desde os meus vinte anos até à data presente vivi (vegetei, melhor dizendo) na convicção de que a saída de Mick Jones tinha sido o princípio do fim. Nunca, nem antes nem depois disso, foi a massa obtusa a que chamo cérebro capaz de admitir a hipótese de Topper Headon ser algo mais do que um figurante capaz de acertar com uns paus nuns tambores sem perder o ritmo.
Um parágrafo, uma revelação. Hão-de desculpar-me os crentes, mais ou menos praticantes, mas nem a Bíblia, nem o Corão, nem tão pouco A Filha do Corsário Negro (só refiro obras que já li) apresentam semelhante contundência, se é que é isso que eu quero dizer.
Por hoje, para começar, isto acaba aqui. Depois logo se vê, ou não, antes pelo contrário. OK?
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"Pode ser que sim. Pode ser que não. Não posso garantir." - in Astérix, A Volta à Gália
19.1.09
Every little bit hurts
Na boca de Obama
O que se segue é um excerto de um excerto de um discurso imaginado para a boca de Barack Obama, na sua tomada de posse, amanhã, 20 de Janeiro. Não, não fui eu que o inventei, e não, não foi tirado da imprensa portuguesa, que como se sabe é toda controlada pelos judeus e só veicula propaganda sionista, anti-palestiniana e anti-democrática. Encontra-se aqui, no Haaretz, e é da autoria do narigudo do costume, Bradley Burston (tradução e edição da exclusiva desresponsabilidade do Desinfeliz).
Estes dias são dias negros para aqueles que acreditam na paz na Terra Santa. Mas a História já mostrou que a violência pode dar lugar à razão, a novas realidades e a oportunidades insuspeitadas. Cabe-nos a nós procurá-las, explorá-las e acarinhá-las.
Ao povo Palestiniano: neste dia declaramo-nos vossos aliados. Aliados, porque sabemos que o vosso desejo de paz, de um futuro estável e produtivo, de liberdade e auto-determinação, é um desejo real. A vossa causa é justa. O vosso desafio é monumental. Os vossos sacrifícios têm sido heróicos. Mas se queremos que os vossos filhos conheçam a paz, numa Palestina independente, haverá novos sacrifícios a fazer, que não exigirão menor bravura da vossa parte e talvez exijam muito mais.
Tal como escolheis as vossas batalhas, assim tereis de escolher os vossos sonhos. Escolhei a paz. Renovai o vosso compromisso com a coexistência. Fazei essa escolha e nós comprometemo-nos solenemente a ser mais que um intermediário. Seremos vossos defensores.
Aprendemos a vossa história, aprendemos a compreender as tragédias que sofrestes e a dor que suportais. Admiramo-vos pela vossa determinação. Valorizamos a vossa profunda ligação à Terra Santa. Sabemos que não podeis ser quebrados. Sabemos que não podeis ser forçados, que não sereis vergados.
Sabemos que a grande maioria dos Palestinianos ainda deseja uma paz de dois estados para dois povos, mas que deixou de acreditar nessa paz. A nossa própria história, as nossas próprias lutas e sofrimentos mostraram-nos que uma casa onde reina a divisão não se pode manter de pé. Mas aprendemos, ao mesmo tempo, que a cura é possível e renova as forças e a esperança. A cura promove a unidade e, com o tempo, responde à raiva.
Não ficaremos inertes. Comprometemo-nos, em primeiro lugar e acima de tudo, a ouvir-vos. Juntamente com outros parceiros na comunidade internacional, comprometemo-nos a ajudar-vos a reconstruir. Comprometemo-nos, também, a ajudar-vos a reconstruir uma ponte para a paz. Sabemos que muitas pontes para a paz cederam e caíram no abismo. Fazei a escolha, e nós nos comprometemos a ficar ao vosso lado nos vossos primeiros passos sobre essa ponte ainda incerta.
Ao povo de Israel: neste lugar, nesta hora difícil, afirmamos livremente a nossa gratidão pela vossa continuada amizade e sublinhamos o nosso compromisso para com a vossa segurança.
Tomamos a liberdade de vos falar com a franqueza de velhos amigos. O conflito exige, a quem o quer resolver, novas ideias, um novo entendimento e uma renovada vontade de consenso.
Sabemos que, para uma grande maioria dos Israelitas, o objectivo da paz é primordial. Durante os anos 90, Israelitas e Palestinianos aproximaram-se com passos corajosos, tornando-se aliados na busca de um fim para uma guerra sem fim.
Desde então, no entanto, ganhou assinalável terreno uma minoria de extremistas dos dois lados, de inimigos da paz, cujas acções ensombram as vidas da maioria. Floresceram aqueles cujas acções visam ferir o entendimento e a crença na paz.
Para que os Israelitas iniciem a travessia de uma nova ponte para a paz é preciso que haja confiança, e é preciso que haja amigos em quem confiar. Declaramos este compromisso: não ficaremos inertes, a assistir. Estaremos ao vosso lado sobre essa ponte.
Aos Israelitas e aos Palestinianos, a ambos:
Povo algum sobre a terra lutou mais tenazmente ou durante mais tempo pela liberdade, pela justiça e pela segurança. Só por esse facto, enquanto ambos os vossos povos não tiverem uma paz que inclua a liberdade, a justiça e a segurança, nenhum dos dois a terá.
A Terra Santa é, de sua própria natureza, um legado sagrado. Pertence-vos a vós, e também ao mundo. A vossa paz é a paz do mundo.
Acreditar na paz é estimar as crianças, ajudando a criar o seu futuro. Iremos pedir a vossa opinião, e dar-lhe-emos todo o seu valor. Queremos ouvi-la, não só dos dirigentes, mas dos pais, dos filhos, dos netos, do clero. Digam-nos e escrevam-nos o que pensam.
Digam-nos o que sentem, o que temem, o que acreditam que pode ser a solução.
Nós escutar-vos-emos. Não vemos maior honra nem maior imperativo diplomático do que apoiar-vos, a vós, Palestinianos e Israelitas, numa luta tenaz, numa luta contra todos os obstáculos, numa luta pela paz.
- Fim de tradução -
Naturalmente, não se pode esperar que o homem — Obama — dedique tanto tempo do discurso inaugural a uma só questão internacional, mesmo que seja esta. Mas eu — eu José, o Alfredo, o Bradley, o Burston, dirá da justiça dele, se assim o entender e se não lhe cair nenhum qassam na tola — eu cá não me admiro que o homem diga mais ou menos isto, ainda que em menos palavras.
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Estes dias são dias negros para aqueles que acreditam na paz na Terra Santa. Mas a História já mostrou que a violência pode dar lugar à razão, a novas realidades e a oportunidades insuspeitadas. Cabe-nos a nós procurá-las, explorá-las e acarinhá-las.
Ao povo Palestiniano: neste dia declaramo-nos vossos aliados. Aliados, porque sabemos que o vosso desejo de paz, de um futuro estável e produtivo, de liberdade e auto-determinação, é um desejo real. A vossa causa é justa. O vosso desafio é monumental. Os vossos sacrifícios têm sido heróicos. Mas se queremos que os vossos filhos conheçam a paz, numa Palestina independente, haverá novos sacrifícios a fazer, que não exigirão menor bravura da vossa parte e talvez exijam muito mais.
Tal como escolheis as vossas batalhas, assim tereis de escolher os vossos sonhos. Escolhei a paz. Renovai o vosso compromisso com a coexistência. Fazei essa escolha e nós comprometemo-nos solenemente a ser mais que um intermediário. Seremos vossos defensores.
Aprendemos a vossa história, aprendemos a compreender as tragédias que sofrestes e a dor que suportais. Admiramo-vos pela vossa determinação. Valorizamos a vossa profunda ligação à Terra Santa. Sabemos que não podeis ser quebrados. Sabemos que não podeis ser forçados, que não sereis vergados.
Sabemos que a grande maioria dos Palestinianos ainda deseja uma paz de dois estados para dois povos, mas que deixou de acreditar nessa paz. A nossa própria história, as nossas próprias lutas e sofrimentos mostraram-nos que uma casa onde reina a divisão não se pode manter de pé. Mas aprendemos, ao mesmo tempo, que a cura é possível e renova as forças e a esperança. A cura promove a unidade e, com o tempo, responde à raiva.
Não ficaremos inertes. Comprometemo-nos, em primeiro lugar e acima de tudo, a ouvir-vos. Juntamente com outros parceiros na comunidade internacional, comprometemo-nos a ajudar-vos a reconstruir. Comprometemo-nos, também, a ajudar-vos a reconstruir uma ponte para a paz. Sabemos que muitas pontes para a paz cederam e caíram no abismo. Fazei a escolha, e nós nos comprometemos a ficar ao vosso lado nos vossos primeiros passos sobre essa ponte ainda incerta.
Ao povo de Israel: neste lugar, nesta hora difícil, afirmamos livremente a nossa gratidão pela vossa continuada amizade e sublinhamos o nosso compromisso para com a vossa segurança.
Tomamos a liberdade de vos falar com a franqueza de velhos amigos. O conflito exige, a quem o quer resolver, novas ideias, um novo entendimento e uma renovada vontade de consenso.
Sabemos que, para uma grande maioria dos Israelitas, o objectivo da paz é primordial. Durante os anos 90, Israelitas e Palestinianos aproximaram-se com passos corajosos, tornando-se aliados na busca de um fim para uma guerra sem fim.
Desde então, no entanto, ganhou assinalável terreno uma minoria de extremistas dos dois lados, de inimigos da paz, cujas acções ensombram as vidas da maioria. Floresceram aqueles cujas acções visam ferir o entendimento e a crença na paz.
Para que os Israelitas iniciem a travessia de uma nova ponte para a paz é preciso que haja confiança, e é preciso que haja amigos em quem confiar. Declaramos este compromisso: não ficaremos inertes, a assistir. Estaremos ao vosso lado sobre essa ponte.
Aos Israelitas e aos Palestinianos, a ambos:
Povo algum sobre a terra lutou mais tenazmente ou durante mais tempo pela liberdade, pela justiça e pela segurança. Só por esse facto, enquanto ambos os vossos povos não tiverem uma paz que inclua a liberdade, a justiça e a segurança, nenhum dos dois a terá.
A Terra Santa é, de sua própria natureza, um legado sagrado. Pertence-vos a vós, e também ao mundo. A vossa paz é a paz do mundo.
Acreditar na paz é estimar as crianças, ajudando a criar o seu futuro. Iremos pedir a vossa opinião, e dar-lhe-emos todo o seu valor. Queremos ouvi-la, não só dos dirigentes, mas dos pais, dos filhos, dos netos, do clero. Digam-nos e escrevam-nos o que pensam.
Digam-nos o que sentem, o que temem, o que acreditam que pode ser a solução.
Nós escutar-vos-emos. Não vemos maior honra nem maior imperativo diplomático do que apoiar-vos, a vós, Palestinianos e Israelitas, numa luta tenaz, numa luta contra todos os obstáculos, numa luta pela paz.
- Fim de tradução -
Naturalmente, não se pode esperar que o homem — Obama — dedique tanto tempo do discurso inaugural a uma só questão internacional, mesmo que seja esta. Mas eu — eu José, o Alfredo, o Bradley, o Burston, dirá da justiça dele, se assim o entender e se não lhe cair nenhum qassam na tola — eu cá não me admiro que o homem diga mais ou menos isto, ainda que em menos palavras.
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A isenção em pessoa
Já não é a primeira vez que, a propósito da tendência para a convergência de pontos de vista aparentemente opostos, como por exemplo os da extrema-direita e os da extrema-esquerda, vou buscar este moço. Mas o moço justifica o privilégio de surgir como figura anexa.
Não sei se mais alguém sem ser eu se penitencia a ver o Eixo do Mal. Quando vejo aquilo, que não é sempre e nunca é na totalidade, tenho dificuldade em imaginar que haja mais tontinhos a fazer o mesmo. Mas nunca se sabe. Se é o seu caso, consulte o seu médico de família (a minha não recomendo a ninguém) e/ou passe a dedicar a hora do Eixo do Mal (os 50 minutos, na realidade) à Playstation.
Na última sessão, o assunto-Gaza proporcionou mais alguns momentos de indignação ao moço Oliveira, que esteve a pontos de chamar narigudo ou coisa pior ao Henrique Cymerman. O acesso de cólera vinha a propósito da escandalosa falta de isenção dos meios de comunicação social na cobertura e análise do conflito israelo-palestiniano.
Israelo-palestiniano, note-se bem, nunca israelo-árabe. Na cabeça dos moços como o Oliveira, tal como noutras cabeças ainda mais rapadas, o que Israel tem feito é bater furiosamente nos palestinianos. Qualquer teoria de defesa perante os estados árabes é pura fantasia da propaganda sionista.
Perante a incontida fúria do moço Oliveira, e mesmo antes que este chegasse ao ponto de insultar o Cymerman em termos pessoais, o outro moço gorducho, o Marques Lopes, lá tentou chamar a atenção para qualquer coisa, mas o formato do programa impõe que nunca haja menos de três pessoas a falar ao mesmo tempo, de modo a que o eventual espectador possa receber a todo o momento o máximo de opiniões. Pérolas do pluralismo aos porcos deitadas, é o que é. O exemplo que Marques Lopes queria referir, e bem, era o do Expresso da Meia-Noite da semana passada, em que os quatro convidados competiam para ver quem era mais anti-israelita: Clara Ferreira Alves, Miguel Portas, uma sujeita angariada por ter vivido em Israel e um sujeito da Liga dos Amigos do Peito do Islão.
Vista através da retina do moço Oliveira, a nossa imprensa é um departamento de propaganda sionista. Não sei como é que os narigudos (que como se sabe controlam todas as televisões, os jornais e as próprias revistas de culinária) deixam passar aquelas imagens todas de palestinianos mortos, feridos, desalojados e aterrorizados. Deve ser mais uma pérfida manobra, uma maneira de amplificar audiovisualmente o terror infligido in loco.
Não me admiro que um dia destes o moço Oliveira, ou outro careca qualquer, venha comparar o efeito dessas imagens com as sirenes dos Stukas. Deve ser das poucas comparações que ainda não lhes ocorreu para equiparar os judeus aos nazis (paralelo que, curiosamente, equivale a dar uma espécie de um bocadinho de razão aos nazis... como se alguém de esquerda fosse capaz de uma coisa dessas... silly me). A menos que o moço Oliveira até já tenha falado nisso, mas alguém estaria a falar ao mesmo tempo e eu é que não ouvi. Ou teria ido passear o cão, quiçá.
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16.1.09
Mais um temporariamente farto
14.1.09
Blogue temporariamente farto
Farto de quê? Farto de certas merdas, para ser sincero.
Farto da merda da conversa do Paulo Baptista, por exemplo. Então e o Pedro Henriques? Então e o Olegário? Então e o Xistra? Então e o Xistra outra vez? Então e o Baptista Lucílio? Então e o outro Rui Costa? Então os outros todos, não contam?
Farto da conversa do fiscal de linha do Paulo Baptista. Alguém que me corrija se eu estiver errado, mas não é o mesmo gajo que foi capaz de não ver o golo do Petit? Não é o mesmo Houdini que conseguiu transformar um dos maiores frangos do Baía em coisa nenhuma? Vão lá aos arquivos e depois falem comigo. Ou não.
Farto de ouvir dizer que o fora-de-jogo é nítido e é escandaloso. Eu estava lá e não vi nada, só soube que tinha sido fora-de jogo quando as pessoas que estavam a ver as imagens paradas na televisão começaram a mandar mensagens a alertar para o escândalo. Depois, em chegando a casa, vi as mesmas imagens paradas. Sim, é fora-de-jogo, e não, não me parece estranho que com aquela molhada toda pela frente um gajo que não viu o golo do Petit não consiga ver que foi o David Luiz que marcou e que o mesmo David Luiz tinha estado momentaneamente ligeiramente adiantado alguns instantes antes. Vão dar banho ao cão.
Farto da conversa do campo inclinado, do penálti do Luisão (ainda não consegui ver uma imagem que mostre que é penálti), e por outro lado se for o Suazo já não conta, e que sendo o Di Maria também não devia ser penálti, quanto mais não fosse porque o Di Maria, para além de jogar pelo Benfica, festejou a obtenção do penálti (esta conversa, no caso do Oliveira e Costa que não é o que está preventivamente detido e que não se nega a prestar declarações, chega ao ponto de o Paulo Baptista ter perdoado um amarelo ao Di Maria por simulação, mesmo tendo o penálti sido assinalado!). Eu o que vi lá no campo foi o Paulo Baptista a marcar faltas o tempo todo, sempre que alguém do Benfica entrava em qualquer espécie de contacto com alguém do Braga. Se o homem tivesse uniformidade de critérios, o sujeito do Braga que derruba o Di Maria tinha levado vermelho directo. Vão-se catar.
Farto da conversa do Calabote e do clube do regime. O Calabote, que eu saiba, a única coisa que fez foi prolongar algo exageradamente os minutos de compensação. Que eu saiba, foi castigado por isso. E, que eu saiba, o Febóquelupârto foi campeão nesse ano. Porquê o estigma todo, passado tanto tempo? Por causa da merda da conversa do clube do regime. O clube do regime, que foi das poucas instituições genuinamente democráticas que existiram durante todo o tempo da merda do regime. O clube do regime, aquele cuja cor das camisolas tinha que ser sempre referida como encarnada e nunca como vermelha, não fosse haver confusão com outra merda de regime qualquer. O clube do regime, a pata que os pôs.
É desse tipo de merdas, quase tanto como da aflitiva falta de futebol patente no Benfica, que eu estou fartinho. Claro que também estarei farto de outro tipo de merdas, coisas de outros terrenos e de outros jogos, mas dessas ninguém sabe nem tem que saber.
Que se lixe.
Hoje vou ver o Benfica. Hoje vou ver o Olhanense. Pode ainda dar-se o caso de amanhã dizer que ontem vi o Maradona. E vou ver a minha filha a ver isso tudo.
Hoje é um fartote.
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13.1.09
Blogue sem nada para dizer
(como de costume) e sem muito tempo para inventar (o que já não é tão habitual).
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8.1.09
Como é que é possível?
Está visto que no futebol não há impossíveis. Exemplo: desde que do outro lado esteja o Luís Filipe, até uma equipa com o Moretto pode ganhar.
Na próxima jornada (4ª feira, 14) é que são elas: o líder Olhanense vem à Luz e, que eu saiba, não há lá nenhum Luís Filipe. Mas também ninguém pode garantir ao Olhanense que o Moretto joga...
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5.1.09
Os enfaixados de Gaza
Não há como a Terra Santa para produzir milagres. Desde mares que se abrem a mortos que ressuscitam e à multiplicação ou transformação de géneros alimentares, o Antigo e o Novo Testamento estão repletos deles. Maomé deu-lhes digno seguimento e não faltam relatos de pequenos e grandes milagres na história das Cruzadas. Mesmo nos nossos dias, ímpios e prosaicos como são, é de lá que vem o milagre da concórdia quase universal. Só mesmo a Palestina para pôr skinheads e o Bloco de Esquerda de acordo, irmanados na condenação de Israel.
No Eixo do Mal, Daniel Oliveira ilustrou a sua visão do assunto brandindo uns mapas em que se via a progressiva redução do território destinado aos palestinianos ao longo dos tempos. Ele não o disse, mas presumo que o primeiro mapa fosse o de 1947. O mapa que Israel aceitou e os países árabes não.
Desgraçadamente, o problema não é que os extremistas de todo o mundo se unam no mesmo discurso. O problema é que os extremistas de lá, os da Palestina (sensu latu, incluindo os de Israel), não fazem outra coisa que não pôr esse discurso em prática. Enquanto assim for, não há quem consiga voltar à tal ideia do mapa de 1947, à tal solução original, à única solução possível: dois estados.
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