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Do treinador havia quem dissesse
Que era temido mais que um bacamarte,
Era sempre a atacar, por que metesse
Muitos golos a mais que à outra parte,
Otto Glória — outro nome, se tivesse,
Seria conhecido, mas sem arte;
Foi pentacampeão do lusitano
Torneio do desporto mais mundano.
Com seis taças também galardoado,
O grande carioca justamente
Foi, por ter com sucesso orientado
Os três famosos clubes, o tridente:
O verde e branco, o azul e o encarnado,
Pendões da capital da lusa gente,
Que vive cá na praia onde se deita
O sol, que a velha Europa mal espreita.
(...)
3 comments:
Confesso que estranhei mas esperei de uma forma cínica e quiçá putativa pelo fim do dia. E esperaste por quê? Perguntar-me-ão alguns fiéis e desinfelizes de juízo. Esperei por ler um texto dedicado à nossa velha Europa que mal espreita. E porquê? Insistirão alguns de vós. Porque hoje é o dia do ano dedicado à Europa. E o José, o Alfredo é moço atento. Essa é razão. Pelos vistos escapou-lhe. Deve ser por andar com a cabeça nos antípodas, nessa terra longínqua que, com a sua simplicidade e beleza, nos pisca o olho de quando em vez. Mas no caso do José já se trata de um caso mal resolvido e de uma paixão. Que se lixe a Europa, dir-me-à o Alfredo curto e grosso!
Diga eu o que disser, tudo indica que é isso que vai acontecer. Aliás, como dizia alguém um dia destes a propósito não sei de quê, o espantoso é a Europa ter ocupado o lugar que ocupou durante tanto tempo, não passando de uma península da Ásia.
A explicação para isso é simples: queriams tanto chegar à Ásia que descobrimos a América.
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