"Pode ser que sim. Pode ser que não. Não posso garantir." - in Astérix, A Volta à Gália
21.10.08
Amis, filho de Amis
Acabo de ler o meu primeiro Amis filho. Gosto muito do Amis pai. Também não desgostei do Amis filho. Em certos momentos chegou a lembrar-me o velho Damon Runyon, e não sei o que posso dizer de mais elogioso. Mas também me tocou uma campainha de Lobo Antunes mas de quando eu gostava de Lobo Antunes mas agora já não, por isso não sei.
Não desrecomendo a ninguém, antes pelo contrário, a leitura de Yellow Dog, da autoria de Amis, Martin, filho de Amis, Kingsley, mas para mim, na minha opinião, parece-me pessoalmente que vou continuar a preferir o pai. Freud, filho de Jacob, poderia explicar. Mas ninguém garante que explicasse bem ou que alguém entendesse.
Lá pelo meio, há um personagem deliciosamente Runyonesco (creio que dá pelo nome de Tony Eist) e que nos é apresentado como um bandido entre bandidos, um tipo tão intrinsecamente desonesto que comete crimes mesmo nos seus alibis. Do género: Mas como é que eu podia fazer a caixa do Multibanco no Montijo se a essa hora estava a enrolar uma velha na Trofa? No caso da edição que li, valeu a pena ler chegar a páginas 261 para dar com este Tony Eist.
Por falar em nomes, agora vejo que há também neste cão amarelo algo de reminiscente do bom velho Diniz Machado e do seu Molero. Desde Austin, Mister DeLuxe, Peida Gadocha, Descoiso e companhia que não apanhava uma galeria de personagens com nomes tão tão tão: Russia, uma americana; He, uma mulher extremamente oriental; Love, um criado do rei; Car, um ex-futebolista galês caído em desgraça; And, um gajo qualquer; e outros, muitos outros. Exuberante e prodigiosa, a nomenclatura Amisiana filha.
E prontos. Não asso mais carapaus. Leiam, se quiserem, ou não, se não.
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1 comment:
Calhando, assavas mais uns carapauzitos. Três linhas para o Tony já cá cantam enquanto ele esfregava o olho à velha na Trofa. Outras quantas sobre a He e ficávamos a conhecer essa mulher extremamente oriental. Daqui a uns posts talvez te disséssemos que estávamos de papo cheio de carapaus.
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