"Pode ser que sim. Pode ser que não. Não posso garantir." - in Astérix, A Volta à Gália

19.1.09

Every little bit hurts

O Desinfeliz já tinha prometido e, para gáudio de uns e tédio de outros, vai cumprir: The Clash, o livro, vai abrilhantar este humilde weblog. Não porque as leis em vigor o não permitam (que não permitem certamente), mas por uma réstea de bom senso e por uma enorme dose de egoísmo, não vou transcrever a obra na íntegra. Excertos, meros excertos, é o que se me oferece oferecer.

Começo, por exemplo, pelo princípio. Que é, não por acaso, o fim. O começo do livro, o fim da banda.

(Perdoem-me, todos, o possível excesso de parêntesis; deve ser da idade, não sei o que é que me anda a dar para meter disto a torto e a direito, ainda consigo conter as reticências em público e é um pau; perdoem-me, também, os que já sabiam certas coisas que eu não; vamos lá a isto, pessoal; tradução, edição e adaptação by Desinfeliz).

O princípio do fim foi quando o Topper (Headon) foi corrido, em 1982. A saída do Mick (Jones) um ano depois foi a dissolução final da lendária formação dos Clash. Embora Joe (Strummer) e Paul (Simonon) tenham continuado, recrutando três novos elementos para substituir Topper e Mick, em 1984, Joe é peremptório nas suas entrevistas para este livro: o the end dos The Clash começou com essa perda de Topper.

Confesso que o mundo tal como eu o conhecia me desabou aos pés enquanto lia este parágrafo. Desde os meus vinte anos até à data presente vivi (vegetei, melhor dizendo) na convicção de que a saída de Mick Jones tinha sido o princípio do fim. Nunca, nem antes nem depois disso, foi a massa obtusa a que chamo cérebro capaz de admitir a hipótese de Topper Headon ser algo mais do que um figurante capaz de acertar com uns paus nuns tambores sem perder o ritmo.

Um parágrafo, uma revelação. Hão-de desculpar-me os crentes, mais ou menos praticantes, mas nem a Bíblia, nem o Corão, nem tão pouco A Filha do Corsário Negro (só refiro obras que já li) apresentam semelhante contundência, se é que é isso que eu quero dizer.

Por hoje, para começar, isto acaba aqui. Depois logo se vê, ou não, antes pelo contrário. OK?

.

4 comments:

Mike said...

Há certas marcas a que desculpamos tudo, até o excesso de parêntesis desinfelizes de juízo. The Clash é uma delas. Para fim, quer dizer, para princípio, 'tá-se bem, ok?

L. Rodrigues said...

Atão, pá?

Mike said...

Atão, pá?

José, o Alfredo said...

Desactivei-me um bocadito, pás.