Com a preciosa colaboração do Dallas Morning News, aqui vai um guião para a noite eleitoral. Os resultados que interessam, para quê e a que horas (de Lisboa).
19.45
• À laia de aperitivo para o tão aguardado embate Republicanos Vs Democratas, a RTP1 serve o Monárquicos da Churrasqueira Vs Plutocratas do Kalmius.
23.30
• Interrompa o Trio d'Ataque para ver os primeiros resultados do Indiana, Ohio e Virginia. Bons indicadores para ver se há sucesso de Obama em estados tradicionalmente republicanos.
• Obama ganhou a Virginia? Então pode começar a chamar os Urbanos para a mudança para a Casa Branca. Se houver equilíbrio no Ohio e Indiana, há que fazer fé nas zonas predominantemente negras de Cleveland e Gary (mais populosas, devem levar mais tempo a sair; esqueça o Trio d'Ataque). Se Obama ganhar estes três estados podemos começar a dizer mal dele, na sua nova qualidade de Presidente dos EUA.
• Para os verdadeiros junkies, há a eleição para o Senado no Kentucky. Uma derrota aqui pode ser o prenúncio de uma noite de Halloween aprés la lettre para a elefantaria republicana.
00.00
• McCain fez bem ou fez mal em gastar tanto como gastou (em dinheiro e em tempo) na Pensilvânia? É o que vamos saber ao soar das doze badaladas. Outra coisa que se poderá detectar é o famoso efeito Bradley — se as sondagens puxaram Obama para cima, a Pensilvânia seria um bom sítio para o recambiar para baixo.
• Pista importante: quanto tempo é que as CNNs da vida levam a arriscar um prognóstico? Quanto mais tempo levar, mais hipóteses para McCain. A CBS promete uma projecção do vencedor para as 23.00 se os resultados o permitirem (leia-se se a sova for das grandes).
• Como ficou visto em 2000, não é de esperar resultados rápidos na Florida. O estado é pão para a boca de McCain, enquanto para Obama seria a cereja no cimo do muffin.
• Olho no Missouri, que é visto como um dos estados que podem cair para o lado de McCain. Também serve de barómetro à receptividade do eleitorado mais rural a um presidente Barack Hussein Obama (o mesmo vale para a Pensilvânia e Ohio).
• Se a política interna texana o fascina, não perca a corrida a xerife do condado de Dallas (Valdez, o detentor do título, no canto azul, contra Cannaday, no canto vermelho).
00.30
• A Carolina do Norte fecha as urnas. Aqui está um belo indicador para se ter uma ideia do quão longa se tornará a espera dos democratas até poder deitar os foguetes. Uma vitória de Obama é quase sinónimo de bye-bye McCain. Na eleição para o Senado, uma vitória de Kay Hagan (à custa da actual Senadora Elizabeth Dole) pode ser o prenúncio de uma jornada muito lucrativa para toda a turminha do burro.
01.00
• Se McCain ainda não tiver ido ao tapete, o Colorado torna-se muito importante. Um bom resultado negaria todas as sondagens mais recentes e as multidões que foram engrossando a Obamania.
• Juntamente com o Novo México e o Minnesota, o Colorado pode ajudar a definir se os democratas alcançam uma maioria das antigas no Senado.
• No Vermelhistão profundo que é o Texas, a única coisa a observar serão eventuais sinais de baixa de popularidade dos republicanos (coisas da eleição estadual e da Câmara dos Representantes). O McCain perder aqui é o mesmo que o Alberto João perder na Madeira.
02.00
• O Nevada é mais um dos tais estados que tanto pode dar um novo fôlego a McCain como dar mais uma orelha a Obama.
• O Montana, onde as sondagens deram uma surpreendente aproximação de Obama, é outro bom indicador sobre a noite republicana: dá para sonhar ou é pesadelo certo?
03.00
• California über alles. Com os seus 55 votos no Colégio Eleitoral, pode ser o sinal para largar a rolha do champanhe azul. Mas porém no entanto e contudo, se houver muito equilíbrio noutros estados e/ou trapalhada com os escrutínios, nem a Califórnia chega para arrumar a questão.
03.00
• Para quem não esteja demasiado absorvido nos referendos locais ou na eleição do reitor da escola, é uma boa altura para ver o que se passou na Liga dos Campeões (ou até mesmo para ir dormir, sabe-se lá).
04.00
• Se a corrida ainda não acabou a esta hora é dar os parabéns a McCain pela combatividade, uma última olhadela ao Abrupto e retirar airosamente para Lennsoll Valley.
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"Pode ser que sim. Pode ser que não. Não posso garantir." - in Astérix, A Volta à Gália
4.11.08
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